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Centenário de Santa Maria Bertilla Boscardin – Celly Fernanda

Comunidade Luz
Produção de arte : Zilmara S. Ribeiro

Uma entrevista com a Irmã Deuzilene, juniorista na Congregação Irmãs Mestras de Santa Dorotéia Filhas dos Sagrados Corações. Congregação a qual pertenceu Santa Maria Bertilla.

– “Celly Fernanda”

Irmã, a congregação decretou um ano jubilar para comemorar o “Centenário de Santa Bertilla”, que encerra-se agora dia 20 de Outubro. Qual foi a principal mensagem que as irmãs trouxeram com a comemoração deste centenário para a comunidade religiosa e ao povo leigo ?

– “Irmã Deuzilene”

A santidade. Santa Maria Bertilla viveu a santidade nas pequenas coisas do dia a dia e desejava a todo custo, fazer – se santa, por isso dizia: “Meus Jesus, ajudai-me; todas as minhas ações, por menores que sejam, as quero fazer na vossa companhia e procurar todos os meios para amar –vos tanto; este é o meu único desejo”. Para as Irmãs e o povo a comemoração do centenário nos ensina que é possível alcançar e viver a santidade no serviço generoso e aos mais necessitados.

Santa Bertilla viveu uma vida de total doação ao próximo, sempre com muita estima e amor a Jesus Cristo, como é relatado por diversas vezes em seus inscritos. Irmã, como a congregação tenta transmitir essa doação de amor ao próximo para o povo leigo ?

Nós transmitimos através da caridade heroica que se aperfeiçoa na doação a Deus e aos irmãos através da oração, da escuta, do diálogo e da solidariedade. 

Talvez uma das mais belas frases de Santa Bertilla seja esta “A Deus toda glória, ao próximo toda alegria, a mim todo sagrificio”. Irmã, como é viver a narrativa do “sacrifício” proposto por Santa Bertilla, na vida em comunidade e como é apresentar este “sacrifício” ao povo cristão nos dias de hoje ?

Santa Maria Bertilla viveu uma união com Deus e dessa união fluía o amor até o sacrifício de si mesma. O nosso Pai Fundador São João Antônio Farina nos exortava: “a ter grande caridade e muita paciência. Jamais recusando qualquer serviço”.  Para as irmãs viver o sacrifício hoje é está unida a Jesus e buscar forças na oração, na eucaristia e na vivencia da palavra de Deus para viver a caridade que demonstramos na comunidade e na vida fraterna como: o respeito, o perdão, a alegria, a escuta, a ajuda reciproca, a doação, a generosidade, a disponibilidade e a comunhão.  Nosso pai fundador nos chamava de: “Anjos de Paz”, capaz de anunciar a esperança e a misericórdia. E nós apresentamos para o povo hoje o sacrifício com a nossa presença alegre, acolhedora, também com a oração, na escola com as crianças e os pais, na saúde cuidando dos doentes, na pastoral e no serviço generoso aos irmãos.

Ir.Deuzilene, juniorista, Congregação das irmãs mestras de Santa Doroteias Filhas dos Sagrados Corações.

Ao lermos a história de Santa Bertilla, observamos que ela foi uma jovem em que tudo dou-se a Deus, tanto nas grandes, como nas pequenas coisas. Irmã, de que forma ensinar à juventude de hoje até esse mesmo ato de amor ?

A melhor maneira de ensinar os jovens de hoje a ter esse mesmo ato de amor é com a vivencia e os exemplos que santa Maria Bertilla nos deixou. Com o centenário de santa Bertilla mostramos para os jovens que é possível viver o amor na minha família, no trabalho, na escola e nas pequenas coisas do dia a dia. Procurando viver a simplicidade, a humildade em todo que faço.

Irmã, hoje a senhora é juniorista e logo professará seus votos perpétuos, como fez Santa Bertilla. O que mais lhe inspira nesta caminhada religiosa, quando a senhora olha para a história de Santa Bertilla ?

O que mais me inspira em Santa Maria Bertilla é o amor que ela teve para com Deus, suas Irmãs de congregação e para os irmãos mais necessitados. Ela sempre escolheu e buscou a humildade, a obediência aos seus Superiores. Bertilla repetia sempre: “Obedecer sempre, vendo em todos as ordens a santa vontade de Jesus, meu esposo, meu tudo. Sempre alegre”.

Para finalizar, qual mensagem a senhora gostaria de deixar aos jovens que aspiram à vida religiosa ?

Jovem não tenha medo de responder ao chamado do senhor.  Não tenha medo diante daquilo que Deus lhe pede e lhe oferece, não perca tempo. Deus precisa do teu sim generoso e disponível para colaborar com Ele no seu reino de amor. Eu sou feliz de ser uma religiosa e agradeço a Deus todos os dias pelo dom da vocação. Venha você também jovem, fazer parte da minha família religiosa e testemunhar no mundo a imensa caridade do coração de Cristo. Deus espera por você.

 

Finalizo essa entrevista, agradecendo a Congregação das Irmãs Mestras de Santa Doroteias Filhas dos Sagrados Corações. Muito obrigada!

 

Celly Fernanda, 26 anos, acadêmica em Filosofia pela UEMA- São Luís-Ma. Consagrada a Virgem Maria pelo metodo de São Luís Maria Grignion de Montfort, catequista, e coordenadora e fundadora do grupo Donzelas de Maria, que leva através do grupo a vivência da modéstia e o amor a Nossa Senhora.

 

Celly Fernanda

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