Foi com esta Palavra: “Fazei o que Ele vos disser!” (Jo, 2,5) que Nossa Senhora, a Mãe de Jesus, disse aos servos daquela Festa de Casamento, que estava sendo celebrada em Caná da Galiléia, preparando-os assim, a ouvir o que Seu Filho iria dizer-lhes no momento oportuno.
Tendo Nossa Senhora apresentado a Jesus a falta de vinho naquela Festa, limitou-se a aguardar o momento da intervenção de Seu Filho que lhe dissera que a Sua hora ainda não havia chegado. A Virgem Maria sabia que Jesus não deixaria de atender o seu pedido e, por isso, Jesus, antecipando Sua hora, dirigiu-se aos serventes, dizendo-lhes: “Enchei as talhas de água!”. Imediatamente, as seis talhas que haviam ali, foram cheias até em cima, como narrado no capítulo 2 do Evangelho segundo João. Vimos então, nesse Evangelho, que Maria cuidadosamente observava a necessidade de um novo vinho naquela celebração e intercedeu junto ao Seu Filho, em favor daquela família;
– Que o seu pedido de Mãe se destinava a todos os servos, e não tão somente, àqueles em Caná, mas a todos nós, outros filhos e servos do Seu Filho, nosso Senhor: “Fazei o que Ele vos disser”.
Hoje, o Senhor continua a nos falar também, e de diversos modos, como através do Seu grande amor, testemunhado na Cruz, como estamos vivenciando neste Tempo Litúrgico, na meditação dos Mistérios do Santo Terço que a Igreja nos oferece. Como o Seu nascimento, Sua Paixão, Sua morte, Sua Ressurreição, como em todos os momentos celebrativos da Liturgia da nossa amada Igreja, buscando-O na adoração ao Santíssimo Sacramento.
– Pela escuta e meditação da Palavra do Senhor, testemunhada nas Escrituras. “São as Escrituras que dão testemunho de mim” (Jo 5,39)
– Pela disposição interior de escutar, a exemplo de Samuel: “Falai Senhor, que o Teu servo escuta.” (I Sm 3,10)
– Ouvir o Senhor, em atenção a Sua Palavra, como aconteceu a Pedro que só conseguiu a sua pesca depois de ter respondido ao Senhor: “Em atenção a Tua Palavra, lançarei as redes” (Lc. 5,5). Que não sejamos ouvintes distraídos, mas atenciosos à Palavra de Deus. Não podemos dar ouvidos às vozes do mundo, que são muitas! De todos os lados, em cima dos telhados, via Internet, que enganam, disseminam o mal, o erro, a mentira, a violência, as ideologias, seduzem os homens com falsas promessas e falsas doutrinas, negam os verdadeiros valores da moral, dos bons costumes, da família, promovem a confusão, deformando a mente das crianças, dos jovens e adultos, tentando arrastá-los para a porta larga da perdição.
Que o Senhor nos conceda, a exemplo de Maria de Betânia, a graça da melhor escolha: Ouvir com atenção o Senhor que lhe falava, atitude de atenção amorosa, que Jesus definiu “a única coisa necessária”… “e a melhor parte”. (Lc, 10,39)
O nosso lugar é o céu! Não o percamos de vista; esta é a nossa meta, com os olhos fixos no Senhor! Seja qual for o grau a que chegamos, o que importa é prossegui decididamente! (Fil 3,12-16). Glória ao Pai, e ao Filho e ao Espírito Santo! Como era no princípio, agora e sempre, Amém!
Por: Elisabete Rodrigues Teixeira