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Momento entrevista com Rosana – Celly Fernanda

Comunidade Luz

A pré-jornada em Benavente- Portugal

      A minha entrevista é com uma pessoa maravilhosa, que tive o prazer de viver junto a pré-jornada em Benavente, uma pequena vila, localizada em Santarém, Portugal. Nesta entrevista convido Rosana, a compartilhar sua experiência, nos contar um pouco como foi viver estes momentos com pessoas tão diferentes, falando idiomas diferentes e vivenciando outras culturas, e como viveu a fé por meio de todas essas novidades.

Oi, Rosana, tudo bem com você? vejo em sua face a alegria de dividir conosco um pouco de tudo que viveu nesta pré-jornada. Poderia nos contar como foi o seu primeiro sentimento ao chegar em um país tão distante do seu país de origem.

Oi Celly! Estou bem, graças a Deus. De fato, é uma alegria poder partilhar com vocês um pouco das experiências que vivi na semana da pré-jornada. Os primeiros sentimentos que me vieram quando chegamos em Portugal foram: alegria, por estarmos ali, num outro país, com muitas experiências novas pela frente; grande expectativa com aquilo eu poderia viver; e gratidão! Gratidão a Deus por me conceder uma graça tão imensa, que nunca tinha imaginado experimentar.

Você passou a pré-jornada em Benavente, conte pra nós como foi desbravar uma cidade tão pequena e acolhedora.

Está em Benavente foi uma experiência única. A comunidade paroquial organizou um cronograma muito rico que nos possibilitou conhecer um pouco da espiritualidade e da cultura daquela região. Tivemos a oportunidade de conhecer os pontos mais marcantes da pequena vila, seus traços históricos, seu meio de subsistência e lazer. Dentre vários pontos, alguns que achei mais interessante foram: a tourada, que a comunidade apresentou para nós e as vestimentas dos trabalhadores do campo. Um outro ponto que para mim foi bem especial foi a missão ambiental. Esta missão foi organizada para conhecermos o patrimônio ambiental de Benavente e nos conscientizarmos ainda mais sobre a importância do cuidado com o meio ambiente, levando em consideração as palavras do Papa Francisco sobre o cuidado que devemos ter com a criação.

Nesta pré-jornada, você vivenciou momentos de fé com várias pessoas de Portugal, França, Peru e também de algumas partes do Brasil. Como foi viver este momento com países diferentes, culturas diferentes, o que mais te marcou nas celebrações da Santa Missa, reunida com todas essas pessoas?

Bom, está com essas pessoas foi bastante enriquecedor. A gente acaba conhecendo um pouquinho dos países de origem deles, o que é muito legal. As Santas Missas foram organizadas de maneira que todos os países ali presentes pudessem colaborar. O que mais chamou a minha atenção foi a maneira como os franceses conduziam os cantos. Eles conservaram aquilo que a tradição da Igreja conservou por muito tempo, e que ainda hoje não foi abolido: o canto em latim, dando destaque à questão das vozes (soprano, mezzosoprano, baixo, tenor e etc.) e do canto em coros (solo e coro). Eu gostei disso, particularmente. Foi muito lindo ver como a assembleia cantava junto com o coral e a harmonia das vozes dava ao canto uma beleza singular. Além de tudo isso, o bonito de os cantos terem sido em latim é que, como estavam ali pessoas que falavam diferentes línguas, na hora do canto todos podiam participar já que, por ser considerada a língua oficial da Igreja, algumas partes da Missa em latim não é desconhecida para nós.

Na comunicação com pessoas de outros países, você falava a mesma língua que eles, se não como funcionava a comunicação? pergunto, pois, muitos jovens têm receio, que isso seja um problema durante esses eventos. Aproveita e dá umas dicas a esses jovens que desejam viver estes momentos, mas ainda não falam outros idiomas.

Eu não falo outra língua além do português, por isso em alguns momentos precisei do auxílio de uma outra pessoa para me ajudar na comunicação. Em relação a isso, vivi algo interessante. No segundo dia da pré-jornada todos os peregrinos foram divididos em grupos, de acordo com a cor da fita que carregávamos no pulso. Eu fiquei em grupo que tinha 4 brasileiros e o restante dos jovens eram franceses; acho que era em torno de 13 jovens e mais um sacerdote. Nesse dia percebi a importância de conhecermos uma outra língua…rsrsrs. Minha dica, em relação a isso, para quem deseja vivenciar a JMJ é: aprofunde seus conhecimentos sobre uma determinada língua ou esteja em um grupo que tenha alguém que saiba falar outra língua, fora a sua; penso que o inglês seja a mais aconselhável, por ser considerada uma língua universal.

Rosana, compartilhando tudo isso conosco, poderia nos dizer o que dentro desta pré-jornada mais te marcou de forma particular? Que você vai levar pra vida.

Bom, na resposta anterior falei da importância de conhecermos outra língua. Esse foi o ponto mais marcante. O Papa Francisco nos fala muito sobre a cultura do encontro e nos dias da pré-jornada percebi como a língua é uma forte aliada para que esse encontro aconteça. Nós, católicos, pertencemos a uma única Igreja, independente do país em que moramos. Que a língua que falamos não seja um empecilho para nos encontrarmos e partilharmos experiências com os irmãos de outros países.

Por fim, poderia nos deixar uma mensagem incentivadora para a juventude viver as próximas pré-jornadas?

Há muitos jovens que decidem não fazer a pré-jornada, por tantos motivos. Eu aconselho a fazerem, se puderem. Não coloquem a pré-jornada como um momento que pode ser deixado de lado por não ser tão “importante” quanto os dias da JMJ. Posso dizer que a pré-jornada é um encontro com o país que acolhe a JMJ; um encontro com sua cultura, com seu jeito de rezar e com sua história – que não é uma história isolada, mas que pertence a um todo mundial. Enfim, a pré-jornada é um complemento da JMJ, que faz com que tenhamos uma experiência muito mais enriquecedora. Por isso, jovens, meus irmãos, decidam pelas pré-jornadas, assim como vocês anseiam pelos dias da JMJ. Vale à pena!

Celly Fernanda, 27 anos, acadêmica em Filosofia pela UEMA- São Luís-Ma. Consagrada a Virgem Maria pelo metodo de São Luís Maria Grignion de Montfort, catequista, e coordenadora e fundadora do grupo Donzelas de Maria, que leva através do grupo a vivência da modéstia e o amor a Nossa Senhora.

 

Celly Fernanda

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