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QUARESMA, CAMINHO DE SANTIDADE NA LITURGIA – Paulo de Tarso

Comunidade Luz

     O tempo da Quaresma é, segundo o franciscano capuchinho Inácio Larranãga, um tempo forte. Ou seja, um tempo ideal para alcançarmos a força espiritual e humana que, por natureza, não temos.

O fato de ser um tempo litúrgico de preparação para a Páscoa do Senhor, ponto mais elevado da liturgia cristã, já é em si, um sinal luminoso do quão precioso é este tempo para a vida de fé do povo de Deus e Sua Igreja.

Os quarenta dias que relembram a quaresma pessoal de Jesus no deserto, em preparação para o Seu ministério público, foram acompanhados de sinais que revelam a necessidade de se viver com consciência este tempo.

Segundo as tradições sinóticas – Mateus, Marcos e Lucas -, esta preparação foi o marco inicial da vida pública de Jesus. Ele foi impelido pelo Espírito Santo a ir para o deserto após a epifania acontecida no Seu batismo no rio Jordão.

No relato de Mateus lemos que “[…] Jesus foi conduzido pelo Espírito ao deserto para ser tentado pelo demônio. Jejuou quarenta dias e quarenta noites. Depois teve fome.” (Cf. Mt 4, 1s).

Uma vez no deserto, as tentações recaem sobre o peso das carências humanas: necessidade de saciar a fome de alimentos, de poder e glória.

O que o tentador buscou encontrar em Jesus foi a manifestação de sua humanidade em paridade com todas as pessoas comuns. Queria ver se Jesus se desesperaria com a fome que machuca o  corpo a ponto de submeter a pessoa as mais vexatórias situações. Aqui, transformar pedras em pão.

A tentação do poder e das glórias do mundo, que fabricam ídolos vazios e perturbam a busca dos homens pelo que verdadeiramente importa à salvação de suas vidas.

Jesus ensinou à Sua Igreja que as tentações se vencem pela força da Palavra de Deus, pois foram elas que serviram de escudo e espada para afugentar o tentador.

Então, vamos às lições: 1 – Viver o tempo litúrgico como tempo santo; 2 – fazer um firme propósito de jejum quaresmal e, observá-lo com tenacidade; 3- ter consciência que haverá provações/tentações; 4 – saber sofrer com paciência quando as carências humanas quiserem impor sua voz; 5 – viver um dia de cada vez, treinando a paciência; 6 – Não se perturbar quando fracassar em algum dia (por exemplo, esquecer de rezar em algum momento que havia proposto); e 7 – Lembrar sempre que, mesmo nas quedas, o mais importante é ter coragem de levantar-se e retomar do ponto onde caiu.

O texto termina dizendo que, quando Jesus venceu as tentações do demônio, este se afastou e os santos Anjos de Deus aproximaram-se de Jesus para O servir. (Mt 4, 11).

Aqui está o prêmio: vencer-se a si mesmo, no que há de mais fraco em nós; vencer o demônio que queer nos destruir e afastá-lo de nossas vidas e, finalmente, viver na companhia dos Anjos de Deus.

Prêmio maior não há.

Santa quaresma meus irmãos(ãs)!!     

 

Paulo de Tarso  

                                                                                                                                                 Fundador

          

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